Sala de Imprensa


Melhor fazer algo do que ficar parado

01/12/16 12:27:28
Ana Flávia Corujo*
 
O ser humano, naturalmente, tem resistência às mudanças: trocar de casa, de carro, de emprego, de cidade – e até de caminho. Gostamos do conhecido, justamente por ser conhecido, tangível, algo que não causa dor. Mudar requer ação, uma ação experimental. Por mais que a ela seja planejada, sempre será uma nova experiência, e isso causa riscos, sentimentos ansiosos, desconfortáveis, eufóricos, prazerosos e até dolorosos.
 
Por mais que a gente saiba que mudamos, porque evoluímos e acumulamos experiências diárias, resistimos a mudar. Muitas vezes preferimos ser invisíveis só para não tomar certas ações. Aí ficamos lá no berço esplêndido do gerúndio: só nos justificando.
 
Existe uma cena muito interessante do filme “Lawrence da Arábia”, dirigido por David Leand, na qual o herói e seu companheiro estão sentados em uma duna do deserto e veem bem distante um ponto preto que se move, e que não dava para distinguir o que era. Lá eles ficam inertes esperando para ver o que seria esse objeto em movimento. Gradualmente o ponto se revela um camelo com um homem cavalgando. Quando menos esperam, o homem saca uma arma e mata o companheiro de Lawrence. Moral da história: é melhor fazer qualquer coisa do que ficar parado, esperando. 
 
Essa metáfora é muito válida para as empresas que querem se manter na vanguarda do mercado que atuam. Ela não pode ficar como uma mera espectadora vendo para onde os concorrentes vão. É preciso mostrar para onde o mercado deve ir. 
 
Tanto nós como as empresas não podemos ficar esperando para mudar, para inovar. Muitas vezes esperamos o movimento do outro para nos movimentar. E segundo Steve Jobs, a inovação é o que distingue um líder de um seguidor.
 
Marca, identidade, se coloca, aparece. Um bom termômetro é verificar se o seu trabalho reflete quem você é. Se a qualidade do seu trabalho e como você se vê e se projeta estão no caminho certo. Se não, vale reavaliar essa relação, as motivações, o comprometimento e, até mesmo, fazer uma autoanalise.
 
Nas parcerias a mesma coisa: eu construí as parcerias e possuo as relações que busco para a minha empresa? Cada um está se levando para a relação, levando o melhor de cada e trocando experiências?
 
São perguntas profundas, válidas e importantes para a vida pessoal e profissional. Afinal, em qualquer relação a gente se leva, mudando ou não.
 
*Ana Flávia Corujo é gerente de Alianças Estratégicas da Certisign.

Segmento: Institucional